Mochilas, livros, cadernos, tudo novo em folha para o primeiro dia de aulas. Mas no meio do entusiasmo sobressai uma angústia indefinida,
quer da parte dos pais, quer dos filhos.
O início de Setembro é a altura em que o coração palpita mais depressa, como que ficando preso na garganta. As aulas estão prestes a começar, trazendo consigo um número considerável de assustadoras mudanças para as crianças que abandonam o infantário.
Já se sabe que nem todos somos iguais e, para algumas crianças, esta nova etapa da vida é encarada como um desafio que acabam por enfrentar com entusiasmo. Mas há também quem tenha dificuldades em assumir com leveza a entrada na escola. "[Algumas crianças] têm tendência para evidenciar comportamentos ansiosos, choro frequente, pesadelos e agitação nocturna, evitamento, medos, ansiedade de separação face aos pais", explica Ana Sofia Melo, psicóloga escolar e da educação.
Um novo mundo à espreita. Não há como proteger o seu filho das dificuldades da vida. O medo que as crianças sentem da mudança faz parte de uma etapa que as ajudará a serem mais autónomas, mais responsáveis e a relacionarem-se consigo e com o Mundo.
Há, no entanto, formas de prevenir estes comportamentos: "É importante uma atitude educacional que promova a autonomia da criança, experiências de socialização com pares e adultos, estimular a partilha e o diálogo", reforça a psicóloga.
Artigo in Educare