Esta vila foi conhecida durante centenas de anos por Pampilhosa do Botão, pelo facto de ficar localizada perto de uma povoação de nome Botão, Botão antigamente era uma localidade muito importante que até possuía foral.
O documento mais antigo que testemunha a existência de Pampilhosa é datado de 1117 e refere a doação desta “vila” ao Mosteiro de Lorvão, por parte dos seus donos, Gonçalo Randulfo e seu filho Telo Gonçalves.
Ora, pertencendo as terras de Pampilhosa, ao Mosteiro de Lorvão, os pampilhosenses tinham de pagar as suas rendas, às freiras desse Mosteiro.
Existe na parte alta desta Vila, uma Casa Rural Quinhentista (assim chamada por ser dessa era). Em finais do séc. XIX e começos do séc. XX, era propriedade da importante família dos Melo. Segundo a tradição, era a casa que mais azeite recolhia entre o Douro e o Mondego, ou noutra versão, entre o Vouga e o Mondego.
Este conjunto arquitectónico tem sido reconstruído e conservado pelo Gedepa (Grupo Etnográfico de Defesa do Património e Ambiente da Região da Pampilhosa). Aí podemos encontrar um museu com várias salas onde estão expostos objectos muito antigos. Podemos encontrar uma sala dedicada ao azeite, outra às peças de barro feitas nas antigas fábricas de cerâmica da Pampilhosa. Também podemos encontrar uma grande colecção de brinquedos, do tempo dos nossos avós e o já famoso museu do porco.
Até meados do séc. XIX, a Pampilhosa foi sempre um pequeno núcleo rural.
O seu desenvolvimento surge a partir da construção das linhas de caminho de ferro, especialmente da linha da Beira Alta, com a criação do importante entroncamento na Pampilhosa. Seguiu-se a instalação de fábricas de cerâmica, de indústrias de serração, oficinas de olaria, de tanoaria e de ferreiros, fornos de cal e outras actividades (resina, sarro e borras de vinho, adubos, repicagem de limas, etc.).
A 9 de Julho de 1985, a Pampilhosa é elevada à categoria de Vila.